sexta-feira, 23 de julho de 2010

A FOGUEIRA DAS VAIDADES O LIVRO


Em “A Fogueira das Vaidades”, Sherman MacCoy é um investidor de Wall Street que se considera o máximo. Com trinta e oito anos, ele já está perto do ápice de sua carreira. É casado com a “perua” Judy MacCoy, sempre preocupada com festas e com a decoração da casa. Eles têm uma filhinha, Claire, que Sherman ama, mas vê raramente. O pouco tempo que dedica à família se explica pelo trabalho absorvente, mas também pelo fato dele manter uma amante: Maria Ruskin. Maria é uma loura sexy, jovem e fútil, casada com um multimilionário velho e doente, John Ruskin.
Uma noite, enquanto está levando sua amante para casa, Sherman erra o caminho e acaba entrando num dos pontos mais pobres e perigosos do Bronx. Quando está conseguindo sair dali, dá de cara com uma rua barrada por sucata. Quando desce do carro para limpar o caminho, vê dois jovens negros se aproximando com sinistras intenções. Maria fica em pânico e passa para a direção. Sherman corre para dentro do carro e Maria acelera. Acaba atropelando um dos rapazes, que bate a cabeça no chão e desmaia. Enquanto o assaltante ferido é socorrido pelo outro, Maria acelera e foge com Sherman.
No dia seguinte, o jornal noticia que um adolescente negro, chamado Harold Lamb, foi atropelado e está no hospital, em coma. Ao voltar do coma, ele descreve Sherman para Peter Fallow, um jornalista alcoólatra que trabalha num jornal sensacionalista. Peter acha que a história pode render: um homem branco e rico, numa Mercedes-Benz, atropela um jovem pobre e foge. Para tornar a matéria mais vendável, Peter descreve Harold Lamb como um rapaz honesto, dedicado aos estudos, um exemplo para a juventude.
Por causa da publicidade, a polícia é forçada a investigar o caso. Para tornar tudo ainda mais complicado, o Reverendo Reginald Bacon, um oportunista, começa a fazer sermões sobre o ocorrido.
Quando a polícia encontra Sherman, ele admite seu envolvimento, mas não conta sobre Maria, para protegê-la..
Durante o resto do romance, Sherman é processado por um sistema de justiça cínico. O promotor, LAWRENCE KRAMER, acredita que vai ficar famoso se conseguir prender um homem importante como ele. O advogado de defesa, THOMAS KILLIAN, quer arrancar de Sherman o máximo de dinheiro possível. Ironicamente, nenhum deles se preocupa com a verdade, apenas com o lucro que podem tirar da situação.
Sherman tem que aguardar o julgamento na cadeia e é atirado no meio de criminosos perigosos. Tendo sido educado nas melhores escolas, sempre protegido do lado cruel da vida, Sherman fica horrorizado com as condições do presídio e quase morre. Pouco a pouco, porém, ele aprende a lutar por sua segurança e a viver na “selva” do presídio.
Finalmente, o advogado consegue libertar Sherman. Ele tenta voltar a seu velho emprego, mas o chefe, com medo da publicidade negativa, despede-o. Sem seus valiosos contracheques, Sherman fica à beira da falência. É forçado a vender seu luxuoso apartamento, mas o dinheiro passa para a família de Harold Lamb, como indenização pelo “atropelamento criminoso”. A esposa, Judy, abandona-o e vai embora com a filha Claire. A amante, Maria Ruskin, recusa-se a ajudá-lo, pois não pode admitir que era ela quem estava dirigindo na noite do “crime” sem que isso destrua seu casamento com o velho John.
Chega a data do novo julgamento, comandado pelo JUIZ KOVITSKY, um velho jurista, severo e violento. Enquanto corre o julgamento, que leva dias, Harold Lamb morre no hospital. Sherman pode ser condenado a vinte e cinco anos de prisão.
No final do livro, Sherman está reduzido à absoluta pobreza e discursa contra o sistema de justiça e a massa ignorante que se deixa levar pelo que diz uma imprensa demagógica e, muitas vezes, corrupta.

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